terça-feira, 25 de novembro de 2014

O Tsunami de sexta feira






Nos 13 anos que precederam o último pedido de ajuda financeira internacional, o PS esteve no poder durante 11 anos, dos quais 9 anos consecutivos.

Será provavelmente o maior período da jovem democracia Portuguesa em que um partido teve o mérito e a oportunidade única de implementar o seu projecto politico para Portugal.

Acresce a isto o facto de António Guterres ter "herdado" um dos maiores quadros financeiros de apoio de sempre deixado por Cavaco. Embora hoje se questione essa troca de terminar com industrias e receber dinheiro em troca, o PS não o rejeitou. 

O modelo politico, social e económico que o PS defende e implementou à sua vontade durante estes anos revelou-se uma impossibilidade prática para Portugal que novamente outro resgate veio demonstrar. Os factos e a vida fizeram o que a falta de visão e os avisos não conseguiram.

O que o PS defende para Portugal não nos beneficia nem beneficiou. Não é exequível. Prova?

3 resgates internacionais!!!

O PS é o UNICO partido da jovem democracia Portuguesa a ter efectuado TODOS os pedidos de ajuda financeira internacional quando chefiava os respectivos governos.

Estúpido como sou, sou levado a concluir que o PS sempre que governou fê-lo para se governar porque falhar 3 vezes não é uma coincidência, é uma tendência. É um MODUS OPERANDI.

E quando dizem que o PSD é igual, não percebo quem arroga tal porque o PSD não governou 11 anos nesses 13 anos referidos. Logo, não é igual e por isso é diferente.

O PSD NUNCA fez qualquer pedido de ajuda financeira internacional.

O que se passou ontem é o ponto mais baixo de um partido que tão importante foi na implementação da democracia em Portugal e que ao longo dos anos se perdeu loucamente num desvario que só o PS é responsável e tem de explicar. 

O PS perdeu-se e levou-nos a todos ao fim do poço ao longo destes anos loucos. O custo que teremos nas próximas décadas é brutal.

A loucura de pensar que Fócrates, desculpem Sócrates, poderia ser o candidato do PS às próximas eleições presidenciais mostra  quanto o mérito é premiado em Portugal. Se for verdade, isto é mais um acto de demência política que nos preparavam para nos“brindar”.

O PS novo tem de nascer desta tragédia louca. Enquanto isso não acontece o PS não pode ser governo. Não merece. Não sabe. Não nos interessa.

Caberá a uma nova geração de socialistas saber lidar com o passado, afastar-se desta mixórdia toda que nos envergonha  a todos e voltar a trazer o PS ao lugar que tem de ocupar na democracia Portuguesa.


E para estes digo-vos: Não tenham medo!!! Afastem-se dos vossos Pais politicos porque vocês são melhores do que eles. Olhem o que eles nos fizeram!!!


domingo, 9 de novembro de 2014

Timor nosso irmão.......




Foram escolhidos pelo Governo de Timor Leste para irem para Timor executar uma função que este País “desconseguia" por falta de quadros: formar e administrar a Justiça.

Mais ninguém que não fale Português poderia executar este tipo de funções.

Uma função inserida em orgãos de Soberania no Estado de Timor, com todas as vicissitudes que este tipo de funções acarretam. 


Nesta altura já toda a gente percebeu que a decisão tomada pelo Governo de Timor de EXPULSÃO dos Juízes e Procuradores foi previamente acordada pelo Governo, Parlamento, Presidente da República e pelos veteranos combatentes.


E também já se percebeu que abundam os processos de corrupção contra politicos em Timor. 

Então o quase faz? Fácil. Não se ameaçam os autores dos processos (convinha saber quem são), nem se contactam os autores para o assunto se revolver de outra forma. Expulsam-se os juízes. 

Faz sentido não faz? Dá-se uma machadada na execução da justiça já e volta-se aos tempos da guerrilha. Mando eu!


Mas como recebemos instruções directamente de Xanana Gusmão, agora COMANDANTE EM CHEFE, para haver menos emoção e porque Timor é(ra) uma muito jovem Democracia, aqui vai o meu apelo acima que a fotografia mostra..........










sábado, 1 de novembro de 2014

Para lá do fim do Mundo..............



Agosto de 1991. De férias na ilha da GRACIOSA em acampamento no parque de campismo no Carapacho. Foi a primeira vez que acampei num parque desta natureza e a última vez que acampei. 

Ligo o rádio de manhã para ouvir a BBC (hábito que o meu Pai tinha de preferir esta rádio (quando Sá Carneiro morreu soubemos primeiro pela BBC do que pelos media de Portugal).

E começo a ouvir que tinha ocorrido um golpe de estado na Rússia e que tinham deposto o Presidente Gorbachev. Hesitei, mudei para a Rádio Horizonte e pude confirmar o que ouvia.

Saio da minha tenda e dirijo-me a uma mercearia no grande Carapacho, a uns 300 metros. 

Quando olho para dentro do estabelecimento, está do outro lado do balcão o dono com os cotovelos apoiados no dito e com as mãos em cada bochecha a olhar para a vista igual a esta fotografia. Na altura ainda mais nítida. 

Entre nós os dois está um telefone. Peço-lhe para ligar. Ele, muito ocupado, com as mãos no mesmo lugar abana a cabeça de cima para baixo em sinal de aprovação. Estamos a 30 cm um do outro. O gajo não se mexe.

Ligo ao meu Pai. Pergunto-lhe: O Pai ouviu as notícias? Responde que sim.

O gajo continua imóvel em todos os aspectos. Privacidade no Carapacho só mesmo debaixo de água.

Pergunto: O Pai acha de vão matá-lo? 

Depois de terminado o telefonema, o homem estica-se, olha-me muito intensamente e pergunta-me:

Ò Senhor, morreu alguém na ilha Terceira?

Eh eh, vou-lhe explicar mas acho que ele não vai perceber. Respondo: Não, isto que falei ao telefone está a acontecer na Rússia. Afastaram o Presidente.

Ele desvia o olhar da minha cara, olha para as ilhas de São Jorge e Pico, levanta o braço esquerdo e diz: ah, na Rússia.........

Em 1991, como por estes dias, o interesse na Rússia é inversamente igual ao interesse da discussão pela aprovação do Orçamento. 

E pelo nível da discussão parlamentar do orçamento percebemos que os Russos podem estar descansados que ninguém aqui vai querer mesmo saber o que eles querem ou não.


PS - Nesse dia na GRACIOSA, querendo muito falar com alguém sobre o assunto ainda vi o Francisco Louçã na praia mas a conversa que queria era outra.........