sábado, 17 de novembro de 2018

Não tenhas medo.









Depois de ter feito a Corrida do Fim da Europa em Janeiro deste ano (17 kms de Sintra ao Cabo da Roca), planeava participar no Lisbon Challenge, também conhecido como o Triatlo de Lisboa (1,5 kms de natação, 45 kms de bicicleta e 10,5 kms a correr).

E, caso tudo corresse bem, provavelmente, iria fazer o Triatlo de Cascais em Setembro (1,9 kms de natação, 90 kms de bicicleta e 21 km a correr). 

No ano anterior, ao fotografar os meus amigos nessa prova de Cascais, os Tubarões com quem treino regularmente, percebi que tinha de participar na edição seguinte tamanha foi a emoção ao ver toda aquela gente a nadar, andar de bicicleta e a correr. 

Foi uma sensação demasiado forte para me ficar por mero espectador. Foi um chamamento.

Lesionei-me na coxa da perna direita em Fevereiro. Em fins de Abril a mesma lesão voltou. Desespero total.

Não participei no Triatlo de Lisboa, prova fundamental na minha cabeça para a minha preparação para o Triatlo de Cascais.

Nunca parei com os treinos. É uma das vantagens de treinar Triatlo. Há sempre treinos alternativos para fazer. 

A 14 de Agosto parti o dedo mindinho do pé esquerdo.

Nesse dia decidi que queria fazer o Triatlo de Cascais. Em circunstância alguma iria querer deixar para o ano seguinte de participar naquela prova. Algo dentro de mim disse: Não! Tu vais fazer a prova porque mentalmente estás pronto.

Preparei-me o melhor que pude desde esse dia 14. Sabia que com os treinos que tinha acumulados do passado conseguia fazer a prova, caso a minha perna resistisse. 

Decidi participar na prova 5 dias antes da prova e depois de um teste de esforço.

Com os treinos dos Tubarões, com o seu incentivo, exemplo e com um espírito de grupo único, e sem medo, tu consegues tudo.

E se eu já sou uma pessoa com sorte na vida, ainda consegui, no percurso de bicicleta, furar o pneu traseiro ao km 20, que tinha um total de 90 kms, mas sem furar a câmara de ar. Com a roda empenada segui o meu caminho.

No dia da prova tinha a mais profunda convicção que a ia terminar. É que não havia hipótese mesmo. 

Nem que fosse a rastejar ia terminar.

domingo, 8 de julho de 2018

Depois do galáctico temos o universal.




Quando Cristiano Ronaldo chegou ao Real Madrid os adeptos de clubes adversários chamavam-lhe  ' ese portugués qué hijoputa'.

Apesar dos golos que marcava, as manchetes não gostavam muito de Ronaldo na altura.

Cristiano Ronaldo é hoje, para além de qualquer dúvida, o melhor jogador que o Real Madrid tem e alguma vez teve. Não só pelos títulos que ganhou mas também pelas receitas que dá a ganhar ao clube desde há 9 anos.

O modelo empresarial de gestão dos jogadores do Real Madrid não se aplica a Cristiano Ronaldo e Florentino Peres em breve vai perceber que a saída de Ronaldo do clube é um suicídio presidencial.

Cristiano Ronaldo ultrapassou em muito o mundo galáctico do Real Madrid e vai espalhar o seu perfume de tenacidade, determinação, valor, eficácia e muitas coisas mais para outro clube. Pelo menos assim de espera.

Florentino Peres não será o primeiro a perceber que Cristiano Ronaldo não pode se tratado apenas como um jogador porque ele é o melhor jogador do mundo, um líder nato. E os líderes têm e devem ser tratados como tal. Porque já provaram quem são.

Cristiano Ronaldo já não é um galáctico. ELE é o universo Futebol.


Engane-se quem pense que Cristiano Ronaldo acabou. Ser vendido por Eur 100 milhões aos 33 anos não é coisa deste mundo.