Está em curso em Portugal o maior processo de manipulação política eleitoral desde o 25 de Abril.
Este processo consiste num facto que se tem pretendido ocultar:
António Costa não aceita o resultado das eleições.
Caso tivesse aceite, António Costa deveria:
- Ter apresentado a sua demissão de Secretário Geral do PS ou ter colocado o seu lugar à disposição,
- Ter iniciado de imediato negociações com a Coligação com vista a um acordo de governação para a legislatura dada a objectiva proximidade do programa eleitoral do PS com a Coligação.
Nessa noite, a 4 de Outubro, olhando para os resultados eleitorais, o PS era o partido de charneira porque os seus votos eram, e são, necessários para uma obtenção de uma maioria absoluta por parte da Coligação.
Porque teria uma enorme força negocial, chegar a um entendimento naquelas circunstâncias não era difícil.
Cavaco Silva falou ao País e balizou todo o processo de formação do futuro governo de uma forma clara e inequívoca.
António Costa, ao invés, inicia negociações com os partidos à esquerda do PS, que não representam os 70% de votos que apoiam os chamados “tratados internacionais" assumidos por Portugal, com vista há criação de um quadro parlamentar de apoio que sustente um governo do PS.
Estes partidos com programas eleitorais muito mais distantes do programa do PS em relação ao programa da Coligação.
Nesse dia, nesse fatídico dia, António Costa fez algo de trágico para todos nós:
O PS deixa de ser o partido de charneira e passa esse poder absolutamente critico, fundamental, para o PCP.
Porquê?
Porque o PS precisa dos votos do PCP para atingir a maioria absoluta que sustente o seu Governo, adicionando esses votos aos do BE que diariamente manifesta total disponibilidade para apoiar um futuro governo liderado pelo PS.
Porque o PS precisa dos votos do PCP para atingir a maioria absoluta que sustente o seu Governo, adicionando esses votos aos do BE que diariamente manifesta total disponibilidade para apoiar um futuro governo liderado pelo PS.
Neste cenário absolutamente irracional, inadmissível, insustentável, teríamos um governo que dependeria sempre dos votos do PCP para poder governar. Sempre. Em tudo. Em qualquer que fosse o tipo de acordo.
Teríamos, porque não vamos ter nem queremos, um país dependente de um partido que nos últimos 41 anos não mudou, que é comunista e que defende um modelo de sociedade como a Coreia do Norte, por exemplo.
Um partido anti democrático, contra tudo o todos aqueles que lutaram contra a ditadura.
E tudo isto porque temos uma pessoa que alimenta uma ilusão de querer ser Primeiro Ministro a qualquer custo. E o PS outra vez calado. Como quando pediu ajuda financeira internacional em 2011.
Felizmente temos Cavaco!
Desde que Jorge Sampaio demitiu um governo com maioria absoluta, por motivos que ainda hoje não percebo, que para o lado do RATO é tudo uma questão de oportunidade…….