quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O nosso amigo Marocas



Passei a noite passada a rir-me do nosso amigo. E deitei-me tarde.

Todos nós sabemos que a rotina cansa qualquer alma deste mundo. E todos nós sabemos que envelhecer não é fácil, especialmente para aqueles cujo EGO os ultrapassa largamente.

Para estes últimos, falarem de si mesmo é um must diário que não tem fim. É como uma crise de hemorroidas. Dizem que aquilo demora a passar.

No seu artigo do DN, cujo link deixo no fim desta nota para quem tiver paciência de o ler, depois de chorrilho de pancadaria, encobrimento do passado, avisos de tanta coisa, o que ele queria mesmo dizer era outra coisa muito diferente.

Queria que nós, os comuns mortais deste país soubéssemos, que o Oliver Stone e sua mulher o tinham visitado na sua casa do Algarve. E, a coisa não fica por aqui, que eles tinham vindo do Porto (distância enorme) e que o Stone lhe disse que estava a escrever um livro sobre Fidel Castro. 

Mas ainda mais curioso é que começa o PS com “permitam-me...”..... Eh eh eh, tanta a modéstia até cansa.

Até parece que se estava a lixar para o resto do artigo....... 

Parece.......



Chega de saudade




Nos últimos anos da vida política das nossas vidas temos vindo a assistir a ocorrências manifestamente interessantes. Há para todos os gostos.

Uma delas tem a ver com uma constante tendência para as empresas de sondagens falharem redondamente nas previsões dos resultados eleitorais, especialmente os da oposição ou no maior partido da oposição. 

Parece difícil que em muitos países muitas destas empresas cometam estes mesmos erros a não ser que todas elas tenham sofrido um contágio, tipo ébola, chamado poder.

O que aconteceu há dias nas  eleições no Brasil é mais um caso do acima referido e foi mesmo uma surpresa para todos os que lhes prestam alguma atenção.

O candidato Aécio Neves, do PSDB, teve um resultado tão expressivo e surpreendente que lhe abre o caminho para a vitória na segunda volta a disputar com a actual Presidente Dilma Roussef. 

Em bom rigor pouco precisa do apoio da candidata surpresa Marina Silva. 

Mas o que correu mal? Muitas coisas.

  • O Brasil não cresceu nestes últimos anos como devia e poderia. O país está a entrar em recessão técnica este ano.

  • O escândalo da Petrobras é apenas o último acontecimento de muitos que ocorreram nos últimos anos e que já no governo anterior proliferavam por todo o lado. Lula não resistiu a concentrar o poder destas empresas no orbita do estado. Se em Portugal temos sindicatos das forças armadas ( ou figuras análogas), isto não é coisa que se estranhe. Lula resistiu a muito pouco.

  • Altamente questionável a manutenção de uma inflação alta para manter em alta a taxa de emprego. Pressuposto importante desta política era uma taxa de crescimento respeitável, o que não se verificou.

  • A dívida pública cresceu.

  • Não foram efectuadas as reformas necessárias para que as pessoas mais pobres tivessem um melhoramento substancial da sua vida. 

Com a inflação alta, crescimento muito abaixo do expectável e um déficit externo a crescer, o próximo Presidente da Republica Federativa do Brasil vai receber um dos piores legados dos últimos anos deixados pelo seu antecessor.

Fernando Henrique Cardoso afirma que houve  um “rebaixamento da exemplaridade presidencial” com Lula e que Dilma não consegue romper com o legado do seu antecessor, embora queria.

Depois de tudo isto, defender na ONU a negociação com o ISIS é a clara demonstração de um total descontrole do actual governo que caminha num longo pântano de 3 mandatos do PT.

Mas o destino a Deus pertence. E o poder vale tudo.

Fica abaixo um link sobre as eleições da revista Veja, a melhor revista de lingua Portuguesa.