Temos finalmente um treinador de futebol que já foi campeão do mundo
como jogador, que sabe o que significa uma vitória dessas para um jogador. E já
participa na Liga dos Campeões.
Da geração de ouro sempre foi o meu preferido. Tinha
uma extraordinária visão de jogo, um passe milimétrico e era sempre o motor das
equipes onde jogava. Era um irreverente. Uma rocha.
Foi o primeiro futebolista da história a ganhar duas
Ligas dos Campeões por duas equipes diferentes em dois anos consecutivos
(Juventus e Borussia de Dortmund - 1996 e 1997, respectivamente).
Da geração de Carlos Queiroz, homem muito mal tratado
pelo futebol em Portugal e que deu os dois primeiros títulos mundiais a
Portugal ( falaremos sobre ele um dia destes), foi campeão mundial, entre
outros títulos. Jogou nos melhores clubes do mundo.
Terminou a sua carreira cedo devido a lesões e foi
desaparecendo das notícias. Portugal exulta com os campeões no momento da
glória mas depois esquece-os. Memória curta de um povo que nunca esquece os
seus heróis depois da sua morte.
Mas Paulo Sousa é um campeão e seguiu o seu caminho.
No futebol ainda não tinha terminado.
Na passada quarta feira foi uma data histórica para
ele e para a sua geração: foi o primeiro, outra vez, jogador da geração de ouro
a participar num jogo da Liga dos Campeões na qualidade de treinador principal.
Incrível.
Já treinou a selecção de Portugal dos Sub 16, o Queen
Park Rangers, o Swansea City, o Leicester City, o Videoton, o Maccabi Tel Aviv
onde foi campeão nacional e o Basileia, clube que treina e participa na Liga
dos Campeões.
Nas notícias desportivas
desta semana um silêncio característico.......