Depois do ataque terrorista de 11 de Setembro de 2001, a Administração Bush declarou guerra global ao terrorismo e chamou eixo do mal aos terroristas, a quem os apoiava e os albergava.
Nessa altura, a França e Alemanha desmarcaram-se de forma vergonhosa do seu aliado da Nato, os Estados Unidos.
Entre os 3 000 mortos de então contra os 17 da passada semana, entre os terroristas que não eram Americanos e os terroristas Franceses que fizeram os ataques dentro do seu próprio país vai uma grande diferença.
A França subestimou a ameaça que sobre ela pairava durante demasiado tempo. Foi negligente.
Pergunto-me o que aconteceria se agora os Estados Unidos não acompanhassem os seus aliados nesta luta.
A França não está preparada para esta guerra. Nem nunca esteve porque os seus líderes nunca o quiseram.
Chegou o momento das decisões difíceis. Chegou o momento de aceitar o que foi negado no passado, de restringir liberdades e por aí fora.
É mesmo tempo de mudança. Mas não da prometida em 2012.
Para os que se dizem não Charlie, vou dar-vos uma explicação que vão perceber: imaginem que estão sentados dentro de um carro. Tudo o que está dentro dele é a liberdade de expressão. Os pára-choques são o limite dessa liberdade. Se os tirarem vocês todos ficam desprotegidos e vulneráveis. Perceberam?
Desde 2001 que aguardo pela desintegração do Paquistão, o albergue onde tudo começou.
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