Como tem sido possível que desde Março do corrente ano a Síria tenha assassinado cerca de 3.000 dos seus cidadãos sem que nada nem ninguém detenha as forças militares daquele país?
Exacto. A resposta está na fotografia.
Bashar al-Assad é o actual Presidente da Síria, um alauíta não muçulmano. Foi educado na Grã-Bretanha e tirou o curso de oftalmologia.
O Irão tem posto em jogo todo o seu capital político para manter no poder o seu aliado e instrumento de intervenção política no Líbano.
A Síria já teve um papel determinante na vida política do Líbano. Quando sentia que esse papel estava a ser diminuído pelo governo do Líbano organizou o assassinato do Primeiro Ministro. O Irão apoia o Hezbollah e todos aqueles que são contra Israel.
Desde Março que a Síria vive um processo de revolta interno em que o governo liquida milhares dos seus cidadãos sem apelo nem agravo. De notar que muita desta matança foi executada durante o Ramadão sem que se ouvisse uma forte reacção por parte do mundo muçulmano.
Curioso como os desenhos animados da Dinamarca têm um peso muito maior do que a matança de muçulmanos no médio oriente organizada pelas forças militares de um estado.
Depois da invasão da Embaixada de Israel no Cairo por uma população em fúria, com o pedido efectuado pela Autoridade Palestiniana nas Nações Unidas para que os seus territórios sejam reconhecidos como Estado, o Irão conseguiu algo politicamente extraordinário: que o problema de Israel passasse a ser o principal assunto na ordem do dia naquela zona do mundo, protegendo dessa forma o seu instrumento / aliado.
O Irão sabe que com a queda do Bashar al-Assad o Irão fica mais vulnerável. Não é uma questão de gestão de risco. É uma questão de sobrevivência.
Sem comentários:
Enviar um comentário